Agora que a maioria dos médios e grandes comerciantes de lojas físicas estão em plena migração para lojas virtuais em um processo que bem poderíamos chamar de êxodo digital, problemas como o da dificuldade de diferenciação entre marca e logotipo emergem.
Esses problemas, por sua vez, aparecem principalmente no momento da criação da interface ou layout e-commerce. Felizmente para todos os empresários e empreendedores do ramo, é muito fácil distinguir uma marca de um logotipo.
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O que é uma marca?
Marca é fundamentalmente um conceito. Isto é, uma marca reúne em si todos os bons valores e virtudes que os empreendedores ou empresários pretendem transmitir para um público-alvo a partir de suas empresas.
Como uma marca é um conceito, ela se movimenta no âmbito das ideias. Portanto, ela não pode ser vista e nem tocada, mas tão somente vivenciada. Conforme nos dá a conhecer o “papa” do Marketing, Philip Kotler, uma marca pode ser expressa em seis níveis de ideias diferentes:
1. Atributos: indicativos de qualidade
2. Benefícios: vantagens emocionais e funcionais
3. Valores: ideais ou propósitos de vida
4. Cultura: saberes, crenças, costumes e hábitos adquiridos
5. Personalidade: qualidades próprias que a diferencia das demais
6. Usuário: sugere o tipo de consumidor que pode usufruir dela
Dentro destes seis parâmetros, uma marca pode ser, por exemplo, a ideia que se faz ou que se quer fazer de um produto, de um serviço, de uma empresa privada, de uma instituição pública ou de outro tipo de organização.
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Seja como e/ou do que for, quanto mais uma marca é fixada na mente do consumidor, maior é a fidelidade além da razão (amor incondicional) que este consumidor sente por ela, como nos explica o CEO da Saatchi & Saatchi, Kevin Roberts, em “Lovemarks: o futuro além das marcas”.
O que é um logotipo?
Se uma marca é um conceito, o logotipo não é outra coisa senão a representação gráfica de uma marca. Sendo este uma representação gráfica, ele contém em si – segundo o professor Wanderlei Paré, da Metrocamp – características como as de:
– Padrão de cores: combinação entre duas ou mais cores;
– Legibilidade: facilidade de ser visualizado e compreendido;
– Reprodutibilidade: praticidade de produção e replicação;
– Adaptabilidade: acomodação em diferentes contextos e tamanhos;
– Mercado: expressa os desejos e anseios do público-alvo.
Assim, quanto mais bem desenvolvidos forem o Design do logotipo e o Design da loja virtual onde ele será inserido, mais facilidade o consumidor terá para assimilar as ideias (atributos, benefícios, valores, cultura, personalidade e usuário) que você pretende transmitir e transpassar com a sua marca.]
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Uma marca bem transmitida e assimilada, por sua vez, gera a fidelização de clientes, isto é, transforma os consumidores em fregueses. Para os diretores e-commerces isso é ótimo, pois reza uma estatística que manter um freguês chega a ser quatro vezes mais barato do que conquistar novos clientes.