Ainda sem vacina para prevenir ou medicamento para curar, a Covid-19 alastra-se pelo mundo, o que tem provocado o caos na vida das pessoas e na economia. Todavia, há quem já esteja pensando que a indústria de Higiene e Saúde pode amenizar a situação em ambos os casos. Isso, por sua vez, poderá gerar uma demanda pela criação de mais e-commerces no ramo.
Explicando melhor, uma simulação feita pela Universidade Federal de Minas Gerais mencionada no Nexo Jornal expõe que um aumento de 10% na produção de bens essenciais de Higiene e Saúde ajudaria primeiramente a salvar vidas. Em segundo lugar, os esforços produtivos reduziriam os efeitos negativos da pandemia na economia.
Um cenário assim, com um aumento tão grande na fabricação sobretudo de itens médico-hospitalares, aqueceria também o e-commerce. Novas lojas especializadas em itens de Saúde, Higiene e Limpeza poderiam ser criadas. Isso, enfim, possibilitaria reduzir o desemprego e agilizar a distribuição dos produtos em todo o Brasil. Mas o que produzir?
E-COMMERCE DE HIGIENE E SAÚDE: O QUE FABRICAR E VENDER?
Empresários que estejam pensando em fabricar e vender no e-commerce B2B ou B2C produtos de Higiene, Saúde e Limpeza poderiam começar com, por exemplo:
- Máscaras, luvas, macacões, aventais, pantufas, toucas, óculos e outros EPIs descartáveis;
- Tecidos para fabricação de máscaras;
- Respiradores e equipamentos de intubação;
- Suportes para circuitos respiratórios;
- Válvulas de ventiladores pulmonares;
- Baterias e cartões de memória para equipamentos usados na área de Saúde;
- Kits de testes de Coronavírus;
- Seringas, agulhas e tubos de plástico para coletas de sangue;
- Álcool em gel, sabões, sabonetes e detergentes;
- Gaze, água Oxigenada e lençóis de papel;
- Termômetros.
Estes são apenas alguns dos itens mais necessários no momento. A lista, contudo, pode chegar a dezenas, talvez centenas de produtos. Algumas empresas poderiam fabricá-los e vendê-los em sites de comércio eletrônico para o consumidor final ou fornecer para outras empresas fazerem esse processo. Mas quem poderia produzir esses itens?
CONVERSÃO INDUSTRIAL
A demanda por produtos de Saúde e Higiene aumentou e, portanto, agora é hora de tentar supri-la. Neste contexto, uma das correntes de pensamento vai de encontro à chamada “Conversão industrial”. Esta medida é defendida, por exemplo, pela economista professora da Universidade Johns Hopkins, Monica Bolle.
Em entrevista ao jornal El País, Monica disse recentemente que a conversão industrial passa pelo BNDES, que segundo ela deveria conceder crédito às empresas dispostas a voltarem suas linhas de montagem para a produção de equipamentos de Higiene e Saúde, proteção e prevenção contra contágios, “é isso que vejo os países fazendo de acordo com as necessidades específicas de cada país”, mencionou.
No Brasil, centrais sindicais e secretarias de trabalho têm discutido a proposta da conversão industrial. No momento, essas instituições tentam dialogar com as federações de indústrias e criar comitês estaduais voltados ao mapeamento das fábricas que poderiam participar do projeto. Se isso for realmente levado à frente, o e-commerce no setor certamente crescerá junto.
Acesse e leia também o post “Impactos da Covid-19 no e-commerce brasileiro”. Confira, assim, alguns números sobre o atual panorama do ramo.