Covid-19 gera cenário para criação de e-commerces de Higiene e Saúde

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Conversão da indústria pode salvar vidas, aquecer a economia e comércio eletrônico

Alta demanda por produtos de Higiene e Saúde é cenário propício para criação de novas lojas virtuais no ramo. Imagens: @freepik @studiogstock
Alta demanda por produtos de Higiene e Saúde é cenário propício para criação de novas lojas virtuais no ramo. Imagens: @freepik @studiogstock

Ainda sem vacina para prevenir ou medicamento para curar, a Covid-19 alastra-se pelo mundo, o que tem provocado o caos na vida das pessoas e na economia. Todavia, há quem já esteja pensando que a indústria de Higiene e Saúde pode amenizar a situação em ambos os casos. Isso, por sua vez, poderá gerar uma demanda pela criação de mais e-commerces no ramo.

Explicando melhor, uma simulação feita pela Universidade Federal de Minas Gerais mencionada no Nexo Jornal expõe que um aumento de 10% na produção de bens essenciais de Higiene e Saúde ajudaria primeiramente a salvar vidas. Em segundo lugar, os esforços produtivos reduziriam os efeitos negativos da pandemia na economia.

Um cenário assim, com um aumento tão grande na fabricação sobretudo de itens médico-hospitalares, aqueceria também o e-commerce. Novas lojas especializadas em itens de Saúde, Higiene e Limpeza poderiam ser criadas. Isso, enfim, possibilitaria reduzir o desemprego e agilizar a distribuição dos produtos em todo o Brasil. Mas o que produzir?


E-COMMERCE DE HIGIENE E SAÚDE: O QUE FABRICAR E VENDER?

Álcool gel tem sido um dos produtos de Higiene e Saúde mais procurados nos últimos meses. Imagem: @freepik
Álcool gel tem sido um dos produtos de Higiene e Saúde mais procurados nos últimos meses. Imagem: @freepik

Empresários que estejam pensando em fabricar e vender no e-commerce B2B ou B2C produtos de Higiene, Saúde e Limpeza poderiam começar com, por exemplo:

  • Máscaras, luvas, macacões, aventais, pantufas, toucas, óculos e outros EPIs descartáveis;
  • Tecidos para fabricação de máscaras;
  • Respiradores e equipamentos de intubação;
  • Suportes para circuitos respiratórios;
  • Válvulas de ventiladores pulmonares;
  • Baterias e cartões de memória para equipamentos usados na área de Saúde;
  • Kits de testes de Coronavírus;
  • Seringas, agulhas e tubos de plástico para coletas de sangue;
  • Álcool em gel, sabões, sabonetes e detergentes;
  • Gaze, água Oxigenada e lençóis de papel;
  • Termômetros.

Estes são apenas alguns dos itens mais necessários no momento. A lista, contudo, pode chegar a dezenas, talvez centenas de produtos. Algumas empresas poderiam fabricá-los e vendê-los em sites de comércio eletrônico para o consumidor final ou fornecer para outras empresas fazerem esse processo. Mas quem poderia produzir esses itens?


CONVERSÃO INDUSTRIAL

Conversão de linhas de montagem pode favorecer comércio eletrônico do setor de Saúde
Conversão de linhas de montagem pode favorecer comércio eletrônico do setor de Saúde

A demanda por produtos de Saúde e Higiene aumentou e, portanto, agora é hora de tentar supri-la. Neste contexto, uma das correntes de pensamento vai de encontro à chamada “Conversão industrial”. Esta medida é defendida, por exemplo, pela economista professora da Universidade Johns Hopkins, Monica Bolle.

Em entrevista ao jornal El País, Monica disse recentemente que a conversão industrial passa pelo BNDES, que segundo ela deveria conceder crédito às empresas dispostas a voltarem suas linhas de montagem para a produção de equipamentos de Higiene e Saúde, proteção e prevenção contra contágios, “é isso que vejo os países fazendo de acordo com as necessidades específicas de cada país”, mencionou.

No Brasil, centrais sindicais e secretarias de trabalho têm discutido a proposta da conversão industrial. No momento, essas instituições tentam dialogar com as federações de indústrias e criar comitês estaduais voltados ao mapeamento das fábricas que poderiam participar do projeto. Se isso for realmente levado à frente, o e-commerce no setor certamente crescerá junto.

Acesse e leia também o post “Impactos da Covid-19 no e-commerce brasileiro”. Confira, assim, alguns números sobre o atual panorama do ramo.