Migração do consumo para o digital: lojistas se adaptam ao novo cenário

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Estudo do Google mostra como o e-commerce evoluiu décadas em semanas

Migração do consumo para o digital: surgem novas lojas virtuais e marketplaces cada vez maiores. Imagem: @upklyak
Migração do consumo para o digital: surgem novas lojas virtuais e marketplaces cada vez maiores. Imagem: @upklyak

Desde o início da pandemia de Covid-19 ocorre no Brasil uma alta migração do consumo para o digital. É o que diz um estudo do Google publicado no Think with há poucos dias. Confira neste post alguns dados importantes desse relatório!

Assim que puder clique também em “Como usar o Marketing de Performance durante a crise de Covid-19”.


MIGRAÇÃO DO CONSUMO PARA O DIGITAL SEGUNDO O GOOGLE

Publicado em setembro por Gabriela Arthur e Keiko Mori no Think with, um relatório do Google expõe que ao longo da pandemia de Covid-19 houve uma grande migração do consumo para o digital no Brasil.

De acordo com tal relatório, em 150 dias o e-commerce evoluiu o que só poderia ter feito em décadas. Sobretudo nos últimos seis meses, com o aumento das compras online, o varejo se tornou muito mais digital.

Em números percentuais, o estudo do Google mostra que, no tempo mencionado:

  • 112% foi o aumento de pedidos online;
  • 104% foi o aumento do faturamento no e-commerce;
  • 24,2% foi a participação dos novos e-shoppers sobre o total de vendas;
  • 74% das transações financeiras foram feitas via canais digitais;
  • 85% dos pagamentos feitos em apps foram via carteiras digitais.

Além disso, vale dizer, a quantia de pagamentos por meios digitais cresceu cinco vezes neste meio tempo. O estudo expõe, ainda, que ao menos uma loja virtual foi criada por minuto entre março e junho de 2020, em um total de 107 mil novas lojas (dado da ABComm).

Mais de 20% das compras via web foram feitas por novos e-shoppers: Imagem: @gstudioimagem
Mais de 20% das compras via web foram feitas por novos e-shoppers: Imagem: @gstudioimagem

PRINCIPAIS BUSCAS NO GOOGLE DURANTE A QUARENTENA DE COVID-19

Conforme o estudo do Google, as principais pesquisas feitas por internautas em seu motor de buscas ao longo da quarentena de Covid-19 foram:

  • Aniversário na internet
  • Terapia online
  • Missa pela internet
  • Museus virtuais
  • Denúncia digital
  • Exercício em casa
  • Homeschooling
  • Lives no Youtube

Já os principais aumentos registrados nas buscas foram os seguintes:

  • Perfumaria online
  • Lojas de bebê online
  • Renaut delivery
  • Lojas de aviamento online
  • Ovos de Páscoa online
  • Lojas de pijama online
  • Hortifruti delivery

Enfim, as categorias que mais cresceram nas buscas do Google foram estas:

  • E-commerce marketplace online e offline
  • E-commerce de Casa e Jardim
  • Varejo alimentar (mercados)
  • E-commerce indústria de eletrodomésticos (D2C)
  • Apps de delivery
  • E-commerce de beleza
  • E-commerce fashion
  • Educação
  • E-commerce indústria de tecnologia (D2C)
  • E-commerce de esportes

Como se pode ver, os e-commerces de beleza, fashion, esportes, eletrodomésticos, Casa e Jardim têm tido alta nas buscas nos últimos meses. Ademais, os marketplaces (tema do próximo tópico) também ficaram muito mais fortes.


MARKETPLACES ESTÃO MAIS ROBUSTOS

Com a pandemia e as quarentenas, pequenas e médias lojas de roupas, calçados, restaurantes e bebidas passaram a oferecer seus produtos em marketplaces. Grandes plataformas como o Magalu, Americanas, Mercado Livre e Dafiti acolheram esses novos vendedores (sellers).

O Magazine Luiza, por exemplo, implantou o projeto Parceiro Magalu, para pequenos e médios varejistas. Duas semanas após a divulgação do projeto, o Magalu cadastrou mais de 20 mil novos sellers. Isso fez com que a empresa saltasse de 15 mil para 35 mil vendedores.


IMPORTÂNCIA DOS ANÚNCIOS DINÂMICOS

Como visto no tópico anterior, a ágil migração do varejo para o digital ajudou a aumentar o número de marketplaces, mas não só isso. Ela também os deixou mais encorpados, isto é, com mais sellers e mais itens à venda. Neste cenário, vale ressaltar a importância dos anúncios dinâmicos.

Os anúncios dinâmicos são os do tipo que contam com títulos e URLs de destino que mudam de forma automática, de acordo com o que o internauta estiver pesquisando. Eles são recomendados sobretudo para empresas que têm muitos produtos no catálogo.

https://youtu.be/2Vt0sedilV0
Vídeo: anúncios dinâmicos do Google

Como eles funcionam? Bem, digamos que sua loja virtual possua 10.000 itens à venda. Então, você cadastra esses itens por categorias. Depois, quando um internauta fizer uma pesquisa no motor de buscas, o Google adapta o título do anúncio à palavra-chave buscada.

Uma das empresas que tem feito muito sucesso com esse tipo de anúncio ao longo a pandemia, conforme o relatório Google Think with, é a Riachuelo. Com esta estratégia, a rede varejista preencheu lacunas de palavras-chave que muitas vezes não são aproveitadas quando o processo é manual.

Desse modo, a Riachuelo assumiu a liderança no que diz respeito às buscas por marcas online fashion em abril. Foi a primeira vez que isso ocorreu na história da empresa. Além disso, a previsão de vendas para este ano agora é cinco vezes maior.

Assim que puder clique também em “10 mudanças no e-commerce após pandemia”. Desse modo, saiba mais sobre como a Covid-19 está acelerando as vendas online no Brasil.