Como está se saindo o consumidor na pandemia? Neste artigo, apresento a síntese de pesquisas feitas por quatro empresas sobre o assunto. No final abordo também o faturamento do comércio eletrônico no segundo trimestre de 2020. Acompanhe!
QUATRO PESQUISAS SOBRE O CONSUMIDOR NA PANDEMIA
Quer saber a quantas anda o comportamento do consumidor na pandemia de Coronavírus? Pois confira agora um resumo de estudos feitos pela Accenture, Globo, Nielsen e Future Consumer Index acerca desse tema:
Estudo da Accenture
De acordo com dados da consultoria empresarial Accenture, os consumidores dividiram-se em quatro grupos distintos durante os períodos de quarentena e isolamento social:
- Grupo 1 – À procura do “velho normal”
Esses consumidores, que representam 15% do total, acham que cedo ou tarde a vida voltará a ser como era antes da pandemia de Covid-19. Sendo assim, eles têm feito pequenas alterações em seus hábitos. Muitos deles pensam que o isolamento está exagerado.
- Grupo 2 – À procura da reinvenção
Cerca de 21% dos consumidores estão usando o período de quarentena para reinventarem seus hábitos. Ele têm descoberto sobretudo novas oportunidades de compras digitais. Além disso, estão investindo o tempo para cuidar da saúde e da família.
- Grupo 3 – Vivendo no limite
Os consumidores desse grupo representam 29% do total. Eles preocupam-se muito com a saúde e também com as finanças, tendo reduzido gastos mais intensamente. Desse modo, distanciaram-se dos lugares públicos. Creem que o isolamento social está muito brando.
- Grupo 4 – Vivendo com cautela
Os cautelosos prezam principalmente pelo controle e moderação. Eles representam uma parcela de 35% do total, a qual tem evitado lugares como bares, eventos, restaurantes e transporte público. Todavia, continuam frequentando lugares que acham essenciais.
Sondagens da Globo
A área de Pesquisa Globo em parceria com a área de Inteligência de Mercado está produzindo um painel com dados de comportamento da população brasileira durante a pandemia de Covid-19, o qual pode ser visualizado no site Gente.
Uma das sondagens (a qual foi realizada no dia 3 de julho de 2020) foi “Pensando em compras pela internet durante esse período de quarentena/isolamento social…” seguida de alternativas, ao que:
- 36% dos consumidores assinalaram ter comprado online, muito mais até do que antes da pandemia;
- 27% informaram que compraram online da mesma forma que antes;
- 21% disseram que compraram online, mas menos do que antes da pandemia;
- 10% afirmaram que ainda não fazem compras online;
- 5% revelaram que compraram online pela primeira vez durante a pandemia.
Outra sondagem feita no dia 3 de abril de 2020, no escopo do mesmo estudo, demonstrou que 46% dos consumidores pretendem comprar roupas e acessórios logo depois que a pandemia passar. Outros 28% pensam em comprar calçados, 24% perfumes, 18% móveis, 17% eletrodomésticos.
Estudo do Instituto Nielsen
Estudo Nielsen citado no site Consumidor Moderno expõe que:
- 3,9% foi o crescimento do consumo de massas alimentícias durante a pandemia;
- 76% foi o aumento dos clientes do Extra e Pão de Açúcar no e-commerce;
- 31% foi o aumento de novos clientes no comércio eletrônico.
Pesquisa do Future Consumer Index
O estudo EY Future Consumer Index realizado com 1.112 consumidores entre maio e junho de 2020 demonstra que:
- 46% aumentaram o uso de meios digitais para pagamento;
- 7% mantiveram o uso do dinheiro;
- 59% passaram a usar mais os bancos online;
- 5% permaneceram nos bancos físicos.
Como se pode observar ao coletarmos os principais dados de cada uma dessas pesquisas, o consumidor na pandemia é predominantemente cauteloso. Ele tem feito mais compras no comércio eletrônico do que fazia antes do período de quarentena e isolamento. Enfim, esse novo consumidor que nasceu por necessidade também tem usado menos dinheiro vivo e mais recursos digitais para fazer pagamentos.
FATURAMENTO DO E-COMMERCE
O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 33 bilhões no segundo trimestre de 2020, o que representa um aumento de 104,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram publicado em relatório da Neotrust/Compre&Confie.
De acordo com o mesmo estudo foram realizados 83 milhões de pedidos no período. Cerca de 24 milhões de pessoas compraram ao menos um item entre abril e junho deste ano. Aproximadamente 6 milhões de pessoas ingressaram no e-commerce pela primeira vez.
Acesse e leia também o nosso artigo “10 mudanças no e-commerce pós Covid-19” e entenda como a crise do Coronavírus têm feito as empresas buscarem a transformação digital.