O frete grátis é o segundo fator (depois de “confiança na loja”) a influenciar a decisão de compra dos e-consumidores, conforme indicam estatísticas do e-commerce. Assim, para diminuir os custos da logística e-commerce e vencer a concorrência, as empresas têm desenvolvido novos modelos de negócios, os quais incluem tecnologias de transporte mais baratas, entre elas a bicicleta.
A bicicleta, além de ser uma promotora da saúde pública e um veículo de transporte mais econômico é, também, mais silencioso, mais ecológico e mais rápido nos horários de pico, quando o congestionamento das vias é intenso, argumentos estes que podem ser inclusos junto às propostas de vendas das lojas virtuais.
Em Nova Iorque, por exemplo, a Amazon tem testado o uso de bicicletas em seu sistema de “entregas em menos de uma hora” denominado Amazon Prime Now. A famosa cidade norte-americana tem mais de 480 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, o que facilita o trabalho dos entregadores. Mas será que algo parecido poderia ser implementado no Brasil?
No livro “A bicicleta no Brasil 2015”, os editores Daniel Guth, André Geraldo Soares, João Paulo Amaral e Marcelo Maciel abordam o desenvolvimento deste modal de transporte no país e listam o tamanho da malha cicloviária em 10 capitais, o que – ao meu ver – já possibilita a criação de uma logística e-commerce específica:
• Aracaju/SE: 59 Km de ciclovias
• Belo Horizonte/MG: 70 Km de ciclovias e ciclofaixas
• Brasília/DF: 40 Km de ciclovias, ciclofaixas e acostamentos adaptados, mais 400Km de ciclovias segregadas;
• Curitiba/PR: 165 Km de ciclovias, sendo 80% compartilhados com pedestres;
• Florianópolis/SC: 26,9 Km de ciclovias e 22,46 Km de ciclofaixas;
• Fortaleza/CE: 75 Km de ciclovias e 38 Km de ciclofaixas;
• Manaus/AM: 6 Km de ciclofaixas;
• Recife/PE: 30,7 Km de ciclovias e ciclofaixas;
• Rio de Janeiro/RJ: 374 Km de ciclovias;
• São Paulo/SP: 219,5 Km de ciclovias, 3,3 Km de ciclofaixas permanentes e 67,5 Km de ciclorrotas.
As entregas via bicicletas não só são viáveis como já existem no Brasil. Em São Paulo, por exemplo, os Courrieros fazem o serviço para dezenas de empresas. Para muita gente, um trabalho assim só poderia existir em filmes como “Perigo por encomenda”.
Em Goiânia, a De Bike Courier foi lançada por Ruy Carvalho com um investimento de R$ 30 mil. Hoje, o empresário já tem filiais em Palmas, Tocantins, Marabá e no Pará, e pretende contar com 40 lojas a partir de 2017.
Já a Ecobike Courier atua em Curitiba, Campinas, Cascavel, Porto Alegre e São Paulo com vários planos, pacotes e tipos de serviços. E a plataforma 99motos lançou um serviço de entregas via bicicletas com pagamento por celular.
Observe que quem já tem ou pretende abrir uma loja virtual em breve pode planejar o seu próprio serviço de entregas via bike ou contratar umas das empresas que já estão no mercado.
Se quiser saber mais sobre o assunto, entre em contato com os profissionais da agência de Marketing Digital, Agência E-Plus, que são especializados em Plataforma Vtex, uma moderna plataforma para o desenvolvimento de lojas virtuais que já vem com soluções integradas de logística e-commerce.
